CULTURA IMAGÉTICA
Os Beatles atravessando a Abbey Road (1969)
Uma das fotografias mais famosas da história foi feita no dia 8 de agosto de
1969. A fotografia que imortalizou o fotógrafo escocês Iain Macmillan foi tirada
do lado de fora dos estúdios Abbey Road, em Londres. Foram feitas seis fotos.
Reza a lenda que o fotógrafo só teve dez minutos para clicar os músicos
atravessando a faixa de pedestres da famosa rua londrina. Lennon teria dito:
“Vamos tirar logo essa foto e sair daqui, deveríamos estar gravando o disco e
não posando pra fotos idiotas”. McCartney aparece de pés descalços na
fotografia, fato que alimentou a lenda de que ele estaria morto, vítima de um
acidente de carro três anos antes.Fotografia: Iain Macmillan |
O beijo da Times Square (1945)
Fotografia imortalizada pela revista “Life”. Durante o anúncio do fim da
guerra contra o Japão, em 14 de agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt
registrou um marinheiro beijando uma jovem mulher de vestido branco. A mulher
foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain. A identidade
do marinheiro permanece desconhecida e controversa. Mas está é apenas uma das
versões.Fotografia: Alfred Eisenstaedt Einstein mostrando a língua (1951) |
Einstein acabara de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos. Diante da
perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que fizesse uma pose, mostrou
a língua para demonstrar seu descontentamento com o assédio. Embora essa versão
tenha sido confirmada pelo fotógrafo, existem outras teorias e hipóteses menos
críveis, por exemplo, um suposto protesto antibomba atômica.Fotografia: Arthur Sasse |
Diariamente somos bombardeados e submetidos por informações e imagens,
seja por revistas, jornais, anúncios de propagandas, televisão, internet, entre outras.
“Os psicólogos da percepção são unânimes em afirmar que a maioria absoluta das
informações que o homem moderno recebe lhe vem por imagens. O homem de hoje
é um ser predominantemente visual” (BOSI, 1988, p.65), considera-se, portanto que
a imagem configura-se um dos meios mais utilizados de informação.
A sua utilização pelo ser humano, como meio de linguagem, remete a épocas
imemoriais. O homem se comunica por meio de imagens desde o longínquo tempo
das cavernas, quando se valia de desenhos riscados na parede como forma de
relatar fatos e elementos vinculados à sua percepção do ambiente. Muitas destas
imagens guardavam o sentido de valorização de um culto, conforme expressa a
citação abaixo:
A produção artística começa com imagens a serviço da magia. O que
importa, nessas imagens, é que elas existem, e não que sejam
vistas. O alce, copiado pelo homem paleolítico nas paredes de sua
caverna, é um instrumento de magia, só ocasionalmente exposto aos
olhos dos outros homens: no máximo, ele deve ser visto pelos
espíritos. (BENJAMIN, 1994, p. 173).
A linguagem elaborada por meio das imagens pode se constituir em
ferramenta utilizada para o controle em comunicação, seja com a finalidade
ideológica, de manipulação, de intimidação ou de opressão. Contudo, surge,
também, como possível facilitadora do resgate da sensibilidade do olhar diante da
vida, seja de alguém ou do próprio observador.
Benjamin (1994) ressalta a importância do ato de fotografar, quando afirma,
na época em que apresenta o seu texto, que, no futuro quem não souber fotografar
será tão analfabeto quanto quem, naquele contexto histórico, não soubesse
escrever. É pertinente destacar que a concepção de futuro, para Benjamin, pode
muito bem ser pensado como o nosso presente.
O mesmo autor destaca tanto a importância de compreender essa linguagem,
bem como, compreender de que maneira a mensagem nela inserida poderia nos
educar. Portanto, para uma boa comunicação por meio de imagens é sugerido ao
comunicador que se “eduque”, previamente, na leitura de suas próprias imagens,
com vistas à percepção de si próprio; para, então, buscar reconhecer e compreender.
Cabe lembrar que, nos tempos atuais, o fácil acesso ás câmaras digitais e
acesso às câmeras digitais no próprio celular propicia um número cada vez maior de “fotógrafos”.
Mídias e cultura de massa vêm pleiteando um reinado, mediante a cultura do uso
da imagemEntre as muitas possibilidades de pensar a linguagem, uma das mais
frequentes e usuais é aquela que a insere em um âmbito do que é compreendido
como algo importante na existência humana. Em linhas gerais, pode-se entender a
linguagem como uma atividade humana simbólica, estruturada por signos e códigos,
por meio da qual o ser humano se comunica e se relaciona
De fato, valendo-se da linguagem o ser humano procura expressar seus mais
íntimos sentimentos, desejos e conhecimentos. Sendo assim, pode-se dizer que
uma linguagem não é melhor que a outra, mas, talvez, existam linguagens que
permitam melhor compreensão. Mesmo assim, no contexto sugerido, não há
certezas e garantias de sua “eficiência”.
Desta maneira, entende-se o pensamento de Santaella (1983), ao dizer que
a linguagem está no homem e o homem na linguagem. Através da linguagem
podemos situar uma época, e com ela sua cultura, seus valores, sua economia, suas
crenças e suas ideologias. É dentro deste contexto que surge o interesse em
explorar a linguagem apresentada nos meios telemáticos, ou seja, na comunicação à
distância, que utiliza um conjunto de serviços informáticos fornecidos por uma rede
de telecomunicações.
Com a evolução da microeletrônica houve significativos avanços no campo da
informática, e consequentemente, na comunicação à distância. Exemplo disto é a
internet, com suas múltiplas linguagens imagéticas, caracterizadas, principalmente,
pelo dinamismo das informações e velocidade da comunicação, denominada TIC
(Tecnologia da Informação e Comunicação), bem como, a obsessão pela novidade e
pela informação.
Há uma grande controvérsia acerca da influência da internet como meio de
comunicação. Segundo Lévy (1996), face ao processo de virtualização encontram-se
aqueles que temem uma desrealização generalizada, e outros, que vêem nas
últimas mudanças uma panacéia para os males do mundo.
Independente das discussões acerca da influência da internet como meio de
comunicação e de educação, não há como negá-la, ela está na cena
contemporânea e vai permanecer. Contudo, aceita-lá não implica em negligenciar a
responsabilidade na utilização dessas técnicas e tecnologias.
O PAPEL DAS IMAGENS VEICULADAS PELA INTERNET
constitui o meio mais rápido e dinâmico de comunicação de todos os tempos e,
portanto, merece ser estudada mais amiúde, sob todos os vieses possíveis.
Mediados por esta perspectiva de pensamento, não poderíamos dizer que
aprender a ler e a escrever, na e pela internet, no e pelo computador, e ver uma
fotografia ou uma imagem digitalizada, sejam a mesma coisa. Mas poderíamos,
seguramente, afirmar que sua influência e o seu desempenho de comunicação nos
afetam, no sentido de que produzem em nós modos de ver e conhecer o mundo,
sentir e criar sentido, ou seja, produzem em nós ações educativas.
Pensar sobre esse dinamismo, perceber sua influência sobre as pessoas e de
que maneira a notícia virtual está sendo utilizada, poderá levar à descoberta do que
realmente se deseja alcançar com essa modalidade de linguagem. “E pensar não é
somente ”raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado
algumas vezes, mas, sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece”
(LARROSA, 2002, p. 21).
Phan Thi Kim Phúc (1972)
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1973 e a mais famosa fotografia de guerra de
todos os tempos. Kim Phuc (a garotinha nua) corre ao longo de uma estrada perto
de Trang Bang, no sul do Vietnã, após um ataque aéreo com napalm. Para
sobreviver, Kim arrancou a roupa em chamas do corpo.Fotografia: Nick Ut |
Phan Thi Kim Phúc (1972)
A imagem mais famosa da revolta estudantil chinesa de 1989. Um jovem
solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente faz parar
uma fileira de tanques de guerra. Sua identidade e seu paradeiro são
desconhecidos até hoje. Em 2000, o rebelde desconhecido foi eleito pela revista
“Time” como uma das pessoas mais influentes do século 20.
Fonte:
http://www.revistabula.com/398-as-10-fotografias-mais-famosas-da-historia/
Fonte:
http://www.revistabula.com/398-as-10-fotografias-mais-famosas-da-historia/